23 de agosto de 2008


Alex Padang é o idealizador de tudo( cavaleiros do forró)


Alex Sandro Ferreira de Melo, Alex Padang, é um dos empresários de forró mais admirados em todo o Brasil. Dizem que todo esse sucesso vem de berço. Seus pais, de classe média-baixa, nunca quiseram deixá-lo trabalhar antes de concluir os estudos, para que isso não atrapalhasse seu rendimento escolar. Mesmo assim, isso não foi empecilho para que, desde criança, ele pudesse já mostrar seus dotes empreendedores.
Com o filho empreendedor desde cedo, a mãe de Alex Padang, D. Aldinei Melo, lembra sorrindo das vergonhas que ele já lhe fez passar ainda quando era criança, por causa desse espírito empreendedor. Ela contou que no aniversário de uma de suas irmãs, Alex promoveu uma “pescaria”, para ganhar dinheiro, dando pulseiras, bonecas e carrinhos já usados. Outra vez, ele alugou seu próprio vídeo-game para os amiguinhos da rua brincarem, causando tumulto de crianças dentro de casa. Ainda na infância, Alex passou a comprar e vender alimentos, como arroz, feijão e biscoitos, além de economizar o dinheiro do seu lanche na escola, para comprar um determinado brinquedo de seus sonhos.
Aos 15 anos, ele começou a vender picolés e sorvetes em ginásios e colégios da cidade. Enquanto seus amigos iam jogar bola, ele ficava atrás das freezers, nos jogos escolares. Depois disso, já vendeu salada de frutas na praia, ovos e leite nas ruas de seu bairro. Alguns anos depois, começou a promover eventos como gincanas, jogos e torneios entre colégios. Com o sucesso desses pequenos eventos, Alex iniciou sua carreira como promotor de festas maiores. Ele possuiu 3 grandes casas de shows em Natal. Sua primeira casa de show, a Estação da Folia, teve uma inauguração história na cidade, e saiu em toda a mídia durante uma semana. As casas tiveram shows como Raça Negra, Zezé DiCamargo e Luciano, ExaltaSamba, Karametade, e outros. Alex cursou Jornalismo durante 2 anos, e nesse período foi criador de um jornal chamado O Padang, sucesso entre os adolescentes e jovens da sociedade.

Projeto da Banda


Depois de uma campanha política fracassada, Alex passou a ser distribuidor de cd´s de forró do Diários Associados, uma rede de jornais da região. Foi a partir dessa ligação mais forte com o forró, que ele resolveu colocar pra frente seu antigo sonho de montar uma banda. Antes mesmo de qualquer coisa existir, Alex “brincou” de compor e escreveu “Se Réi Pra Lá”, o hit mais pedido até hoje de sua banda. A música fala de uma história real de um amigo seu, e foi executada por dezenas de outras bandas de forró, além de bandas de axé, como Asa de Águia. Existem segredos que nunca foram revelados, mas que foram ingredientes importantes para o sucesso da banda desde o início. Alex conta hoje que a banda ainda não possuía nem os músicos, e alguns contratantes ligavam para saber sobre data, sobre a agenda da banda. Ele pedia para sua mãe dizer, ao atender os telefonemas, que a banda estava com a agenda lotada tocando da “Bahia pra dentro”. Outro pedido dele à sua família, era que ligassem todos os dias para a rádio, pedindo para ouvir as músicas da nova banda Cavaleiros do Forró, o que quase todos os artistas também fizeram no início da carreira.
Para divulgar sua banda, Alex percorreu quase todas as cidades do Nordeste, batendo de rádio em rádio, de contratante em contratante, pedindo espaço para mostrar seu mais novo trabalho. Hoje, depois do sucesso, todas essas rádios o recebem totalmente diferente da “canseira” de quatro anos atrás. Um momento muito difícil que ele passou também foi no acidente, quando Alex perdeu, além de dois grandes profissionais, dois grandes amigos. Esse foi o único momento que ele pensou em desistir, mas seus próprios funcionários e fãs não os permitiram que ele fizesse isso.
É o próprio Alex quem faz a produção dos CD´s, DVD´s e shows da banda. A cada CD, a cada DVD, a cada mudança no show, o fã percebe uma idéia nova, uma melhoria, uma preocupação em fazer aquilo tudo cada vez melhor. Essa capacidade em criar faz com que Alex seja muito respeitado em seu meio, tanto por outros empresários quanto pelos funcionários de sua banda, que muitas vezes se perguntam de onde pode sair tantas idéias.

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